Ontem, com alguma raivinha, vim aqui desabafar de uma coisa que não me agradava em colegas do emprego. Continuo a não gostar e o que eu disse não era mentira, mas fui muito pormenorizada e, trabalhando numa empresa grande, facilmente chegavam a mim. Ora, não me convém expor-me assim. Não tenho nada a ganhar e muito a perder. Fui avisada por uma amiga e acabei por lhe dar razão. No entanto, percebi que, até no blogue, o que digo tem limites! Senti-me encurralada, como se tivesse perdido a minha liberdade, mas, como em tudo na vida, não deverão existir limites à nossa liberdade? Será que devemos dizer sempre o que queremos, ou é para isso que servem os diários? Vocês limitam-se ou estão-se literalmente nas tintas?
Por outro lado, até que ponto não me iria arrepender de falar de outra pessoa? Isso não faz de mim uma pessoa mesquinha? Quer dizer é melhor falar de ideias, coisas e acontecimentos do que de pessoas, certo?
Além disso, é melhor não me queixar. Tentar ser mais grata pelas coisas boas e por as más de lado. Pode ser que com o tempo deixem de ter importância...Gratidão pelas coisas boas em vez de me focar no que está mal?
14 comentários:
Limito-me :)
Gosto de pessoas que dizem o que pensam e isso não as faz mesquinhas, mas escrever e num espaço de acesso público poderia magoar a pessoa objecto de um desabafo, ou até quem pensasse sê-lo, sem o ser, e por isso é que tento escrever mais sobre ideias, coisas e acontecimentos :) e livros e comida :)
Limito-me desde que pessoas da minha terra e depois familiares descobriram o blogue. E por uns tempos deixei de ter vontade de escrever. Depois voltei. Acho que no trabalho não vão descobrir mas tento não colocar referências que me identifiquem.
Também limitei minha escrita e bastante quando pessoas próximas conheceram o blogue. Por um lado fazia questão que conhecessem um pouco mais de mim mas por outro arrependi-me de te-lo mostrado e desde que isso aconteceu, eu que era anónima até na foto, acabei por expor-me ao publico. Mas a escrita nunca mais foi a mesma. Muitas coisas escrevo com cuidado e até algum código. Textos ficam muito sujeitos à interpretação de quem os lê e nem sempre vão de acordo à mensagem que eu sei que lá está.
Acho que temos que impor um limite a nós mesmos, não pelo que os outros possam pensar de nós mas para garantir que não somos aborrecidas por quem não goste do que lê. A não ser que o objectivo do blog seja mesmo criar fricção e controvérsia.
Se acertasse na pessoa certa acho que não me preocuparia se ela ficasse ofendida, preocupava-me sim se isso me trouxesse problemas no emprego. Mas tens razão podia acertar no alvo errado... Thanks
Pois a minha família sabe e uma das minhas colegas de emprego também. Como o emprego é mais ou menos novo (2 anos) e eu já não escrevia há algum tempo achei que não fazia mal, mas entretanto decidi voltar...
Eu comecei a sentir-me um pouco limitada e agora um pouco mais porque não posso falar de nada relacionado com o emprego... Enfim, espero que sobre o suficiente!
De resto sim, não falo de partidos políticos, nem estou sempre a bater na mesma tecla em relação a alguns assuntos, embora sinta que é importante explicar a minha posição não insisto e tento não ser moralista.
Thanks :*
Eu limito-me muitíssimo. Não há nada a fazer.
E não foste mesquinha. Foste sincera. Se foi a quente? Se calhar, foi. Mas só foste humana!
Não pensei que tantas pessoas se limitassem! Assim fico mais calma, não sou a única e provavelmente fiz bem em apagar a mensagem. Obrigada :)
No blogue evito ao máximo revelar demasiado. Na minha vida pessoal, já tive problemas por dizer o que penso, mas é a vida :)
Também já tive problemas. Não faço pir mal, mas às vezes falo demais. Quando era para descarregar e praguejar costumava vir ao blogue... agora acho que vou a um diário.
No blog não me limito porque ninguém sabe que o tenho!!! É como um diário!!!
Às vezes penso que teria sido o melhor!
Eu borrifo-me um bocado mas pq creio q as pouquíssimas pessoas q possam chegar ao blog tb n sejam aquelas com quem tenho de me preocupar...
Assim dizes o que queres e és tu mesma, sem máscaras! Isso é bom.
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